segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Quando…


Quando vir com água o fogo arder
E se misturar com o dia a noite escura
O meu amor continuará a prevalecer…
Os rios e mares choraram nessa altura

Quando vir nascer florestas no deserto
E as estrelas caminharem sobre o chão
O meu amor por ti continuará correcto…
Os animais marinhos nesse dia voarão

Quando ouvir do céu o cantar de uma borboleta
E do cume de um vulcão jorrar flores
O meu amor por ti continuará como uma seta…
As pedras da calçada se invejaram de amores

Quando ouvir melodia num choro de uma criança
E num moroso anoitecer o mundo acabar
O meu amor por ti continuará sem mudança…
Nesse dia… Nesse dia vou erguer minhas asas e voar
-Manzas-

sábado, 27 de dezembro de 2008

A Busca...


- Que posso esperar? - Desespero
- Quem rendido estou? - Mudança
- Quem posso confiar? - Desalento
- Por que caminho vou? - Esperança

- Por onde começar? – Perdão
- Quem me vai ouvir? - Dor
- O que vou encontrar? - União
- O que vou pedir? - Amor

- Que preciso ter? - Paciência
- Como lá chegar? - Sinceridade
- Como poderá ser? - Benevolência
- Quem me vai ajudar? - Dignidade

- Como vou lutar? - Grandeza
- Com que direito? - Igualdade
- Quem vai deixar? - Pureza
- De que jeito? - Amizade

- Como irei saltar? - Alegria
- De que forma dizer? - Bondade
- Como irei contar? - Sabedoria
- Como quero viver? - Liberdade
-Manzas-

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O Galope de Pensamentos


Cavalgo em meus pensamentos,
olho o céu e toco meu sino…
Galgo barreiras de imaginação
ideias que fervilham minhas veias
no descobrir de ouro fino.

Num descontínuo desalinho
desbravo o destino pela floresta
com puros pensamentos…
tomo rédeas de crina em fogo
domando o cavalo sem freios,
galopando por chuvas e ventos.

No labirinto de meu pensar
avisto o trilho com um sorriso…
Brilha de luz o meu olhar
de tão elevado sentir o pensamento
que me faz ver na terra… O paraíso!
-Manzas-

O tempo…


Oh tempo!
Que passas por ti mesmo
sem teres noção de onde moras,
contemplas os que por ti passam
o mesmo tempo que de ti choras.

Tu… Tempo!
Que fazes apagar da memória
tristezas e angústias de outrora,
e em vagas de recordações…
Alegrias de espantosos momentos
que por ti voaram sem demora,
marcando nossos corações.

És tu tempo!
Que acabas com os anos,
que acabas com vidas e segues em frente
na ignorância do problema…
Mas não podes acabar
com esta minha alegria
de te escrever este poema.
-Manzas-

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Eclipse de Amor


Num contemplar resplandecer
Em enregelada madrugada cristalina…
Se almeja o ensejo de suceder
O beijo ardente num sombrear de lua cheia,
Projectando paixão divina.

O anel de fogo conquista forma
Quando o sol toca a lua…
Envolvem adentro nesse amor universal
Num desfile de ausências…
Desnudando-se de preconceitos
Amando-se por entre olhares ciumentos,
Varrendo o céu com suas indiferenças.

As estrelas param para contemplar
O separar de corpos ardentes
Que num triste despedir
Do misterioso amor destroçado
Por lágrimas de chamas…
Dos mais graciosos amantes.

Adormecendo no Desfasamento …
Outro brilha de amor luzente do momento
Que á muito antevia…
Esperando o seu amor brilhante
Que por ele passará distante
Num incendiar de alegria.
-Manzas-

sábado, 20 de dezembro de 2008

Novo Mundo


No descontínuo reflectir deste horizonte
aparento avistar estrelas luzentes…
Imperecível felicidade alcançar
nos inquietantes tempos descrentes

Desvendar no próximo mundo
o subterfúgio para um paraíso
abafado de puro oxigénio
sufocado por um sorriso

Vicissitudes de consolação
num anseio de esperança…
Surgir um novo bater do coração
outrora, com desconfiança…

Afronto a cada momento
o canto autêntico de uma gaivota
sobrevoando em mar sereno
com magnificência de reviravolta

Num adjacente mundo subsistir
a crença que teima em resvalar
por penhascos de descrença
que no presente… nos fazem meditar

Murmuro, de espírito aberto…
O esboço de um sorriso oriundo
de mais um simples ser… discreto,
que bate asas em voo oscilante
por horizontes de um novo mundo.
.
.
-Manzas-

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Meu doce anjo


Meu doce anjo… Que me fazes voar com o teu sorriso de alegria,
mesmo em tempo de ventania, tormentas e temporais,
digo-te neste dia… O quanto te amo demais.
A simplicidade do teu gracioso olhar faz-me viajar…
Qual estrela cadente brilhando por cometas imaginários,
com os mais belos cenários que alguém possa ter em mente.
És como o sol incandescente, fogosa luz em céu azul a brilhar
e na profunda fenda dos céus, rasgas os caminhos das alturas
descendo… voando para me amar.
Como a noite precisa das estrelas o dia precisa da lua,
nesse molde celestial, és o anjo que cuida de mim
nessa forma que é só tua.
Tens na tua singeleza de estar e de ser,
a jovial fórmula de amar,
abrigas-me em tuas asas em momentos de esplendor…
Utopia certa que me faz ecoar.
Ecoar sons de harpas, tocadas pelos celestiais anjos da guarda,
anunciando o meu amor por ti numa noite constelada.
Meu doce anjo… Que me fazes vaguear pelo universo da alegria,
no balanço das tuas asas, adormeço no sono profundo,
entrando em espiral no remoinho de fantasia.
Acordas-me para vida com beijos de gentileza,
empurras-me para a frente e na mais bela nobreza
cuidas das minhas feridas com toques de leveza.
Quando doente fico…enferma estás
Quando triste estou…infeliz te sentes
Quando alegre me sinto… O sorriso salta do teu coração em chamas
sussurrando-me ao ouvido dizendo que me amas.
Para o céu eu vou…
te seguirei ao subir se deixar de existir o perfeito arranjo,
porque tu és a minha vida e sem ti não vou subsistir…
MEU DOCE ANJO
-Manzas-

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Gostava de ser poeta


Gostava de ser poeta…Ah! Como eu gostava…
O remoinho das locuções
Saltando em minha mente
Transparecendo na água corrente
A compreensão de um ser.
Visões ter, de trovador sem meta…
Ah! Como eu gostava de ser poeta.

Deslumbrar misteriosas visões
Em confusos turbilhões,

Sentir o jogo das palavras
E com elas brincar
Retratadas num jogo que gostava de jogar.

Pensamentos transportados,
O estrondear de emoções
Expostos em textos codificados
Tentando agradar corações.
Ah! Como eu gostava de ser poeta.

-Manzas-

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A verdade da amizade


Toma… dou-te a minha mão,
dá-me a tua também
para te poder levantar do chão,
basta me estenderes a mão…
Não… não precisas de o pedir
á muito que te estou a ouvir.
Isso! Levanta-te, apoia-te em mim,
deixa estar…
eu te carrego em meu colo…
Certo que farias o mesmo por mim.
-Manzas-

O pequeno barco


A gaivota balançava suas asas
na imensidade do mar,
e num salpicar de gotas salgadas
borrifava o horizonte
para o barco poder passar.
Tarde calma e mar sereno
com leve brisa a soprar
E o pequeno barco por ali chegava
com o seu lindo flutuar.
Era só um pequeno barco
de madeira entalhada pelos anos,
que por incertos mares ia navegando
com destino certo a alcançar.
Barco pequeno e sem remos
sem bússola para se orientar,
olhava á noite as estrelas
e perdido no luar continuava a sonhar…
Lá ia flutuando num oceano de incerteza,
com sua popa virada a norte
mostrando ser forte navegava com leveza.
Sua proa arrastava a fé de não mais atracar,
tomando rumo de se deixar levar pela maré
para poder um dia suavemente fundear
e finalmente admirar a imensidão do mar.
Era só um pequeno barco
que desamarrou suas cordas
deixando em seu porto de abrigo o castigo
de ser navegado, sem ter a ilusão
de ser um barco livre.
Barco pequeno no tamanho
mas enorme no sonhar
lá ia navegando e eternamente procurando
O melhor pôr-do-sol…
E seu sonho encontrar.
-Manzas-

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Chegou o Natal?


Chegou o Natal…
E com ele a cidade desperta para a vida
em mais um dia de Inverno,
o frio congela e solidifica as ruas,
que depois de um ano despidas e nuas,
voltam de novo a brilhar.
As árvores, passeios e lojas
desta gélida cidade, enchem-se de luzes
e efeitos coloridos em jeito de vaidade…
Vaidade no Espírito Natalício
que por ser fictício, se espalha no ar.
Difunde-se a vasta multidão
que marcham em contra mão
esbarrando-se ao se apressar
para seu dinheiro gastar
em oferendas de satisfação.
Agasalhados se apressam para chegar a seus lares,
no conforto abafado de suas viaturas,
atropelando-se sem mais nada ver…
Nem mesmo os que deitados padecem com tremuras
por não fazerem parte das mesmas criaturas,
impostas pela nossa sociedade
desta emproada cidade…
Chegou o Natal…
Para todos os que ao relento se aguentam,
enrolados em mantas
e edredões de cartões,
almofadas de passeios e camas de jornais,
sobrevivem estes cidadãos,
onde os sonhos
e as estrelas não existem mais.
O peru è posto á mesa de uma calçada
em forma de ilusão
recheado com migalhas de pão,
em noite de consoada.
O bacalhau é cortado pelo frio,
demolhado pela chuva
e regado depois de cozido pelo tempo,
por um fio de sofrimento.
Os presentes são embrulhados
em papel de amargura
oferecidos em forma de solidão
congelando o coração
ao vê-los ali deitados.

Chegou mesmo o Natal?...
-Manzas-

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O último adeus


A noticia se alastrou, de certo modo se esperava,
um ultimo adeus se previa e já bastante sofria
de doença prolongada.
A família se juntou num pranto de tristeza,
lamentando a sua despedida, tendo em conta a plena certeza,
de ter cessado num ultimo suspiro de leveza,
o padecimento e a angústia que se via num triste olhar…
esperando um dia tudo isto findar.
A noite gelava os pensamentos e os indefesos corações,
que se deixavam ir pelas emoções,
relembrando as melhores recordações,
choradas e contadas com as mais diversas expressões.
O cheiro e arranjos de lindas flores que se difundia na mente,
contrastava com o sentimento interiorizado de cada um ali presente.
Era o constante admirar e com as mãos cheias de ternura,
Que se ia passando na alma ali deitada,
que em paz agora descansava,
deixando uma imensa saudade, de ser na verdade…
Pessoa cheia de bondade e de uma esgotável doçura.
As palavras eram escolhidas e cuidadosamente proferidas,
pelo sacerdote, que num modo brando,
pronunciava as palavras de deus,
Para dizer um último adeus da viagem feita para os céus…
O tempo… esse não parava e a derradeira hora chegava,
o frio e a chuva caiam, o vento soprava e levantava,
folhas secas em forma de remoinho,
conduzido a um inserto destino,
que por aquela alma esperava.
A última viagem foi consumada, conduzida de forma perfeita
até ao seu termino local de morada,
pela sua família e amigos ia sendo acompanhada,
numa ultima homenagem a ser feita.
Chegado o derradeiro momento, o tempo de súbito pareceu parar…
O vento não mais se fez sentir, a chuva parou de cair
e o frio não mais se sentiu no meio de um enorme pesar.
O olhos encharcados junto do sol brilharam,
seus raios por entre as nuvens passavam
e os pássaros nas arvores cantaram…
sim cantaram numa sintonia e harmonia fazendo o arco-íris surgir
querendo também ele ouvir e assistir neste ultimo adeus,
sorrindo e esperando de braços estendidos,
para acolher e hospedar esta alma junto de Deus.
O vazio se mostrou em forma de arrepio,
quando o som divino mudou e a enxada na terra penetrou.
Mudava de novo o cenário, o mais triste e difícil de se ver,
quando os obreiros chamados de coveiros seu corpo fizeram descer.
Num baixar de cabeças e abraços de compaixões,
soltaram-se os prantos que teimavam em sair,
agarrados em seus corações,
dos que mais chegados eram,
pedindo a Deus a divina força para este triste e difícil adeus.


Para todos os que por sua vez se foram deste mundo,
deixando a eterna saudade,
de todos os que com eles conviveram e aprenderam,
Brincaram e amaram, nesta ultima homenagem
Feita por este ultimo adeus.
-Manzas-

sábado, 6 de dezembro de 2008

Os Pais...



São como chuva a cair,
molhando a terra, fazendo as plantas nascer,
como gotas de orvalho e com o suor desse trabalho,
me alimentaram e me fizerem crescer.
As noites que dormiam com os olhos abertos,
Pensando neste filho, que com os olhos fechados,
dormia profundamente, enroscado em braços maternos.
Ensinaram-me a andar, a comer e a falar,
e a um qualquer sinal, de um meu mal estar,
num hospital me levaram e a todos enfrentaram,
para não me verem sofrer.
Contigo mãe aprendi, Contigo pai me ensinaste,
agora entendi, a ternura que me destes, o amor que demonstras-te.
Vocês são, como as estrelas que olho no céu…
mesmo quando não as vejo, mas com certeza antevejo,
que mesmo sem as ver, estarão sempre presentes,
no meu coração, para as poder agradecer…
Sim, agradecer a vossa presença, no vosso lindo olhar
e num constante cintilar,
que me faz mover por esta estrada,
querendo ser o modelo, e disso tenho medo de perde-lo,
nesta minha caminhada.

Embora com alguns desgostos, talvez por sermos opostos,
sempre o souberam perdoar, continuando a rezar,
para um dia poder herdar, os vossos gostos.
Com paixão e tolerância, assim me disciplinaram,
procurando com bons exemplos e actuando com firmeza,
rompendo por vezes os desafios da paciência…
foi assim que me toleraram.
As rugas que vos criei e que vejo em vossas caras,
são rugas marcadas pela chuva da vida,
que abrem rios em terra fértil,
de histórias cultivadas, com a enxada do amor,
plantando afecto e carinho, por vezes com o espinho,
de sacrifício e dor.
Cabelos brancos de viver, corpos fartos de sofrer,
os pés gastos de andar e bocas secas de falar,
por um mundo melhor verem, viverem e de estar.

È com enorme amor e carinho, que vos faço esta homenagem,
de serem uns pais por inteiro e não o fiz primeiro,
por me faltar a devida coragem.
Agradeço-vos por serem meus pais, de serem quem são,
e ainda vos poder dizer mais…
que desta maneira e com esta revelação,
poder abrir meu coração e sentir-me com vontade,
de dizer que vos amo demais.
-Manzas-

História de vida



Nasci para a vida e pela primeira vez respirei,
adquiri o esplendor da visão,
orientado pela escuta,num obrigado proferido
pelo um choro de satisfação.
Infância divertida com brincadeiras de encantar,
de calça rompida e de nariz por assoar,
lá ia brincando mesmo em noites de luar.
Mãos sujas de terra, que em poças de agua lavava,
o sol no ar sorria e entre os canaviais parecia brilhar mais…
com nada me preocupava.
Na bola chutava a alegria de viver,
pelos campos corri e ás arvores subi,
para assim poder ver,a imensidão de vida
que ainda tinha a percorrer.
No meu triciclo peguei e com a máxima força pedalei,
até ao infinito chegar,
entrando em casa esgotado e em minha cama descansei.
Sem conta eram os sonhos que tinha por realizar,
eram sonhos de menino, em que me via a voar,
com um sorriso de alegria tentando não acordar.
Despertava bem cedo e as asas queria ver,
com o intuito de mostrar a todo o mundo e dizer…
Olhem, consigo voar!... conseguem ver?...
E os amigos?... esses nem falar!...
certo era também quererem voar.
Na escola entrei, estudei e aprendi a contar,
á adolescência cheguei e outros terrenos pisei,
sem um olhar para traz,em maus caminhos fui dar.
Ensinado fui, só para o bem fazer,protegido por progenitores,
que me chamavam á razão,de não cair na tentação
de precipícios descer.
Já em adulto, teimoso quis ser ao descer e por lá quis ficar,
a tudo e todos desobedecer, era o lema a usar.
Contudo aprendi e reconheci,
todo o mal que fiz e melhor comigo fiquei,
permanecendo então afortunado,
quando um grande amor encontrei
e com ele esposei… sentindo-me honrado.
Dois frutos brotaram, dessa bela união,
foi a ostentação de alegria
que quase rebentou meu coração.
Hoje sou feliz e contente e por isso relato
o que se passou nesta história de vida,
nem sempre bem vivida,
mas em algo me ajudou para me tornar quem sou.
-Manzas-

Lágrimas de tristeza



Ao ver o meu mundo, choro lágrimas de tristeza,
e na angústia vislumbro,
por entre o imenso nevoeiro das mais puras pobrezas,
apelos de vozes mudas, num pranto de incertezas.
Olho em meu redor, abro os olhos e nada vejo, contorno uma esquina,
e nela se esbarra o desejo de tudo e a ambição do nada.
Vou vagueando pelo mundo, descobrindo por este caminho,
mergulhado na podridão, deste planeta nada, que só se vê uma estrada.
Estrada estreita e apertada, de calçada escorregadia,
marionetas desta vida, articuladas pelas drogas,
o pão nosso de cada dia.
Animação de terror manipuladas por mãos delicadas,
sussurros nos ouvidos,
àquelas que por submissão se entregam de mão beijada,
nas redes da prostituição, caindo na cilada.
Debruço-me para observar o balanço do mar,
navega-se por tempestades,
com ventos fortes a impedir o caminho certo a descobrir.
A bússola pára de funcionar, perde-se o melhor rumo a tomar.
O mundo cai em espiral em forma de tornado,
apunhalado pela traição dos que nela não tiveram a condição
de se poderem desamarrar as correntesde uma prisão,
podendo assim em águas calmas flutuar.
O assalto é consumado em noites calmas de luar,
ouvem-se os tiros a sair de armas construídas para destruir,
por crianças que com armas na mão,
cravam balas sem razão.Parem os senhores das drogas, os que cultivam para destruir,
as vidas de inocentes, que neles ficam crentes,
ajudando-os a construir as mansões no seio de suas plantações,
escondidas aos olhos dos que cegos querem ser.
Fecham-se as portas àqueles que querem passar
para a margem certa do rio,
em que o perdão é a razão, basta um estender da mão,
gesto simples de fazer mas que nem todos a pretendem estender.
O espelho parte-se de vergonha em reflexos do olhar,
chega-se ao fundo da loucura,
espreitando a solidão, nesta batalha desigual.
Palavras ácidas que nos corrói, os corpos gastos de sofrer,
será que o amanhã será igual?...
Será que não há nada a fazer?...
O amanhã será igual se nada hoje se fizer,
o tempo passará depressa por nossas vidas…irão ver,
batalharei mesmo só, isto sempre o direi,
e com a arma certa…sempre…sempre vencerei.
Pena é, minha lágrima derramar,
ao ver este mundo a desmoronar, tentarei sobreviver,
para um dia poder minha lágrima limpar.

-Manzas-