sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Sou tudo… sou nada!


Num clarão de vida…
Sou como chama ardente que queima
Em corpo que clama,
Arrebata e sangra…
Sou folha de um livro
Desfolhado ao vento,
Perdido num tempo
Onde o ar inflama!

Sou sol, sou chuva,
Sou fascínio evidente
Sou triste, sou contente
Sou Rei… tenho frio!
Sou vertente que brota
No leito de um rio…
Sou água que corre na corrente
Puro e tão-somente
Que cria coragem
E segue seu rumo…
Calado e sombrio!

Sou voz falante
Num mundo que cala!
Sou choro de criança
Que nasce na esperança
De ver tudo… em puro encanto!
Sou futuro, sou passado
Sou perdido, sou achado
Sou presente
A vida pressente!
Sou pouco e sou tanto…
Sou palavras de um velho livro
Esquecido de ser lido,
Perdido… Jogado a um canto!


No silêncio gritante
Das frias madrugadas…
Sou minuto contraído,
Sou sonho que desperta cedo
Com rosto de menino
De lágrima lavada…
Sou caminho, sou estrada
Sou muitos, sou sozinho
Sou gigante, sou pequenino
Sou tudo… sou nada!


-Manzas-

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Crepúsculos e alvoradas!


Sucedem-se crepúsculos e alvoradas!
As folhas secas, anunciam Outonos pelo verão…
As chuvas copiosas de invernos,
Alimentam primaveras
E ficam para sempre
Registos eternos
Sublinhados no coração!

Erguem-se palavras e pensamentos de alegria
Em verdades de amor e puros sentimentos…
E o que importa nesse dia?
É que despojes o sol em suaves brisas
E ames tudo como sempre amas-te,
Em todos os pormenores e momentos!

Que pintes as folhas soltas de cor dourada,
Mesmo em abundantes chuvas em terra gelada…
A natureza fará o que melhor sabe fazer,
Brotará do chão a força que em ti cresce,
Em cada dia que passa…
E dela colherás o que de melhor tens;
Mulher pacífica, amiga disponível
Senhora, amante… mulher amada!

Serás sempre para mim, imprescindível
Como o pão de que me alimento
E da água que a sede me mata!
Que em tudo o que aconteça…
De alguma forma
Junto a ti sempre estarei!
E em todas as adversidades
Serão por mim, a teu lado
Vividas, sentidas e amadas!
Por isso hoje te digo
Com todo o meu amor;
Que para sempre… estaremos juntos…
Em crepúsculos e alvoradas!

AMO-TE!


-manzas-

domingo, 2 de agosto de 2009

Minha cidade


Atrasado chega lento
O expresso prá cidade…
Á janela do relento
Adormeço na saudade

Pelos carris do tempo
Passo campos rios e fontes…
Passa o ar, passa o vento
Passo estações, casas e montes

Chego ao destino marcado
Á cidade onde nasci…
Por ela fui bem-criado
Já não sei mais viver sem ti

Terra que me viste crescer
Terra que me viste brincar…
Aqui quero viver e morrer
Em ti quero estar e morar!

Deste-me á luz com vaidade
Mãe terra… minha cidade!
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-Manzas-