quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Aos filhos…


Na senda da existência, sou filho e pai (e)terno.
Entre trilhos, meus filhos são luz, minha vida!
Frágeis como uma flor ao frio do inverno,
Primaveras do amor, o orgulho não finda!

Abrem-se como flores de sorriso sincero
Aflorando ternura, odores de alegria bem-vinda…
É o sentir deste paraíso, o sentimento etéreo
Que faz despertar, um maior amor á vida!

É com este pensamento que me habita,
Que percorrerá meu sangue, em ciclo fraterno
Pelas veias a sorrir, nos braços que os enlaça…

Serão estrelas a luzir na rota infinita,
Elevando meu grito, dizer de modo (e)terno
Amor que assim vive… não há quem o desfaça!
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-Moisés Correia-

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A oração!


Ó Deus!...
O teu nome chamei!
Atirei frases sem volta
De angústias e revoltas…
Caíram vindas do infinito,
Em remoinhos e reviravoltas
Caladas respostas
Às que te mandei!
Ó Deus!...
foi por ti que gritei!
Ergui o mais alto que pude o meu grito…
Não pedi o mundo,
Já mais o infinito!
Talvez haja uma forma,
A palavra certa que não usei…
Apenas te peço desta forma
Pois esta… é a única que sei!
Ó meu Deus!...
Eu, e o meu eu,
Rico em baixas e grandezas,
Peço-te com firmezas
Para que cuides de minha vida…
Mas não peço só por mim!
Peço-te da mesma forma,
assim tanto para com toda a humanidade,
De toda a raça ou idade,
Tanto para com todas as religiões e naturezas…
Que cures todas as tristezas,
Que sares ao mundo a ferida,
E que ao mal… ponhas um fim!
Ó Deus!...
Teu nome chamo e aclamo!
Não esqueças deste pequeno grão
Que não fala teu nome em vão
Perdido num deserto,
Que outrora, fora um paraiso!
Pedir, não mais será preciso,
Para que estendas a tua mão
A cada país ou nação,
e se possa com um sorriso…
Agir do modo certo!
Ó Deus!...
A ti Deus em que creio!
Abro meu peito, e anseio
Não mais sofrer
Pelo que sou,
Não mais sofrer
Por este chão que aos pés se pegou,
Não mais sofrer
Por não poder fugir,
Não mais sofrer
Por não ter mais o prazer de existir!
Meu Deus!...
Desta forma, a ti me dirijo!
Que venha rápida a força da tua ira
E da tua mão compadecida…
Por fim... porás um fim á minha vida
Onde para sempre descansarei
Numa terra que brotará flores
Junto á pedra sem nome…
E então... se saciarão de minha fome!
Seja por nada ou seja por isto,
Fica o registo esta oração
Escrita do coração
Em nome do teu amado filho …
Jesus Cristo!
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-Moisés Correia-

domingo, 13 de setembro de 2009

Haverá sempre poesia!


Enquanto houver sonhos
De ocultos olhos ternos,
Unindo distantes corações
Em fantasias e quimeras…
Haverá sempre Outonos
Despidos de Invernos
Escaldando Verões,
Vestindo Primaveras…
E quando por alguém se sente
E faça de tamanha paixão
Na noite, brilhar o dia…
Haverá sempre alguém contente,
Seja ela em que estação…
Haverá sempre poesia!
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-Manzas-

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O que me faz sofrer…



É a guerra premeditada
A mentira lavada,
A faca que sangra
Num corpo que nada fez…
É a boca tapada
De mãos amarradas
Num beco fechado…
O tiro disparado!
Julgado…
De quando em vez…

O que me faz sofrer…
É o silêncio dos inocentes
O veneno das mentes
Que manipulam crentes,
Gentes… que sofrem ao frio!
É a casa sem telhado
O futuro despedaçado…
O medo mora ao lado!
Á mesa…
Um prato vazio…

O que me faz sofrer…
É o seguir em frente
Rumo á estrada
Que nos conduz á entrada
Do túnel que seduz
Mas no fundo, não á luz…
A viagem pró nada!
É a confusão instalada
A multidão espancada
De boca cerrada
A fachada do mundo,
Que se espelha na face…
De quem a conduz…

O que me faz sofrer…
É a dor da separação
A criança de arma na mão
A boca sem pão
O homem sem coração
A razão que fala sem caso…
É as mãos que negam
Os pés que atropelam
Os olhos que cegam
Para não ver o acaso!

O que me faz sofrer…
É de tudo ver
E nada entender,
É o sofrer e nada poder fazer…
É de quem zomba de ti
É de quem mora lá
É de quem mora aqui!
É de quem chora
E de quem não ri…

O que me faz sofrer…
É a dor de escrever
Sobre a dor que senti,
É o sentir o sabor
Deste universo sem amor…
É o acordar sem nada saber
Do amanha… nada poder dizer…
É um filho perguntar
É suspender no ar o respirar
Pergunta que fica por responder…
É o que me faz sofrer!

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-Manzas-

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Em forma de poesia


Em forma de poesia… eu diria
Que o amor é como um sol!
Que brilha sem ser dia
Queimando em noite tardia
A boca que beija
Como quem morde
Os lábios de um anzol!

Perdidas ficam as palavras no ar
Em pensamentos imaginados
Tentando encontrar
A melhor explicação
Para a palavra amar!
Em forma de poesia… eu diria
Que o amor, é tentar entender
O que não se pode explicar…

É podermos em momentos inventados
Planar como gaivota sobre o mar!
Acreditar que no amor
Não existe dor
E sem razão, pedir perdão
Por escutar a voz de um coração
Que deixa o silêncio falar…

Difícil é entender o sonho da verdade
É desejar que o amor aconteça
Transportando da mente para a vida
Toda a sua realidade
Toda a sua fantasia…
O amor pode ser falado ou ouvido
Amado ou sofrido
Vivido ou sentido
Eu diria…
Até… em forma de poesia!
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-Manzas-