sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dono do céu!




Uma noite se rodeou de luz

Cantou um pássaro nos umbrais

Dançou um beijo a cada passo

Num desejo de ouvir mais



Segurei o tempo por um momento

Se inundou um corpo em maré vazia

Zarpou um barco de um velho cais

Rumo ao mundo que o prendia



Vi no alto, nuvens cristalinas

Sobrevoei um corpo celeste de lés-a-lés

Respirei com o fôlego que já não tinha

Senti a terra despegar-se aos pés



O mundo se tornou pequeno

Um quarto sem cama amou no chão

O tempo perguntou às horas; quem tu és?

Respondeu sem tempo uma emoção



Dois corpos vestidos de nada

Duas sombras dançam como chamas

Enrolam-se olhares, perde-se a visão

Ouvi-te sem voz dizer que me amas



Uma mão passeou pelos cabelos

Escapa o silêncio numa palavra qualquer

Prende-se na mente o perfume que imanas

Com sabor amor, um jeito de mulher



Um abraço se aperta profundo

Solta-se das grades um inocente réu

Acoitam-se dois corpos num sono eterno

Por uma noite… fui o dono do céu!



-Moisés Correia-


6 comentários:

  1. *Também já fui dona do céu e de todo o universo em meus sonhos e pensamentos
    *São as vantagens da alma poeta, nela tudo somos e tudo podemos
    *Um suave bater de asas em seus pensamentos

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  2. Que bom poder sobrevoar este mundo !

    Beijinhos

    Verdinha

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  3. Melodico poema... sentir que alguem nos ama sem precisar de falar e' sentir o amor. Lacos de poesia mudou um pouco e personalizou os autores dos poemas com as respetivas fotos. se quiseres posso editar os teus poemas mesmo com esta foto que tens aqui no teu blog; senao edito sem foto como faco com outros autores. para mim estara' bem qualquer decisao tua. Continua a escrever assim

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  4. Aqui começa o poema... O sol poente. Despede-se lentamente. Estrelas aparecem no silêncio.

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  5. Manzas...

    Queria ser dona do céu por um instante...
    Assim sopraria para longe as nuvens de chuva forte que assolaram a Ilha da Madeira.
    Meu coração ficou muito apreensivo!

    Que Deus fortaleça a todos nesse momento de dor da população portuguesa.

    Um beijo carinhoso

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  6. Ouve-se no ar um chamado
    Sente-se na pele um acalento
    Percebe-se no corpo um aperto
    A saudade sentida de um anjo

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