segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Pai…




Pai… tu que tens teu destino igual ao meu


Recordo-me de tudo e a cada momento…


Acompanhando a meio jeito, cada passo teu


Esse teu caminhar, com olhos fitos no firmamento!



O viver, sem demasiada ambição e maldade


Nesta existência humana, que parece adormecida…


Encaminhas-me a cada instante para a estrada da verdade


Ensinas-me a ser igual… a quem nos deu a vida!



Esse teu brio que descende desse teu passado humano


Me faz ter e ver, a mesma força e formação moral…


Deste meu e nosso destino, que tão bom me ufano


E que me faz ser hoje, um pai tão semelhante e igual!



Outrora em outros tempos, estive tão afastado e distante


Mas afinal, sempre estive aqui, tão longe e tão perto…


Que me fez ver que nesta vida, de um viver errante


Que nem tudo é errado… e nem tudo está certo!



Pensei que fosse mais fácil escrever-te um poema


Mas vejo que é tão difícil, igual a vida que desfrutaste…


Igual aos pés, que descalços caminharam num dilema


Correndo campos de histórias que hoje me contastes!



Hoje, vejo esses passos feridos pelos espinhos que não se vê


Hoje sinto essas mãos calejadas por tanto proteger…


Que falam numa linguagem, que nem toda a gente crê


Mas que brilham, num coração que sabe o que é sofrer!



Hoje sei pai, que ser pai… é não esperar recompensas!


Mas ficar feliz, caso elas cheguem em tempo atroz…


É na incompreensão, tolerar falhas e desavenças


Aprendendo errando, na hora de falar ou de calar a voz!



É o ter coragem de seguir em frente para a vida ou morte


É saber e calar, fazer e guardar, dizer e insistir…


Viver grandezas e fraquezas de um filho, fazendo-se de forte


É ser bom sem ser fraco… e chorar sem a lágrima cair!



Ser um bom pai… é o que foste, és e serás para sempre


Um pai presente, constante… o melhor amigo!


E só peço ao pai de toda a gente, que nos céus nos vê omnipotente


Que permaneças entre nós, nesse amor que aprendi contigo!



Que permaneças em ser quem és… meu pai!


Com um abraço deste teu filho que te ama,


Do tamanho do teu ser…


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-Moisés Correia-





sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O paraíso do amor eterno!


Batiam leves e suaves, as ondas num fim de mar

A gaivota caminhava parecendo não saber voar

Num fim de dia, onde o sol se escondia…

No limiar da noite, a lua chegou como o vento

Um velho penedo cedeu-me seu assento

E ali sentei-me nesse silêncio que me envolvia!

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Adormeci meus olhos, libertei meu peito

Hás palavras que voavam caladas e sem jeito

Soltas num céu de sonhos, minhas emoções…

Instantes depois, ouvi um eco inconfundível

Resposta que sorrindo, vinha em timbre irresistível

No mesmo tom em que canto minhas canções!

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Meu rosto espelhou o mais puro sentimento escondido

No teu, o reflexo do sorriso que pensara ter perdido

Reflectindo na minha alma, o olhar da eternidade…

Acenei-te com um gesto… mas muitos mais tentei

Quando vi que com iguais gestos, me acenavas também

Como se fossemos um só… o sonho da verdade!

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Então estendi minha mão, diante aos olhos da lua

Minha boca vestiu-se de desejo para beijar a tua

Tentando tocar teu rosto do modo mais meigo e terno…

Mas por ti fui surpreendido e tocado primeiro

Ficando a saber e sentindo nesse instante verdadeiro

Como se pode viver em vida… o paraíso do amor eterno!

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-Moisés Correia-

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um anjo de mulher!


Tu és a chama voraz que queima em meu peito


És corrente do rio que me embalas no leito


Em doces pensamentos afundados em dor…


Mas de uma dor saborosa que grita loucura


Que me aquece, entorpece, desperta e tortura


Fluentes fogachos em sonhos de amor!



És o grito elevado de um vulcão em erupção


És o louco sentimento, o clamor, a paixão


Que delirante, por ti me arrepio e ardo…


És a fonte da melodia que me toca fantasia


És os sons envolventes que me alegram a cada dia


Pintados em tons das cores de um lindo quadro!



És a musa que me cuida como um anjo protector


És a voz que preciso, o sorriso redentor


Que adormece a meu lado e me arrefece a cabeça…


És o sonho que me traz a paz numa suave brisa


És tudo o que um homem quer e precisa


E fazes com que da vida e do mundo me esqueça!


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-Moisés Correia-




terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Sentimento ingénuo!



Que sentimento é este,


Que se afoga em loucura,


Que explode como vulcão


Lava de euforia…


Queima como fogueira,


Sangue que corre sem guia


Por veias destiladas,


Neste meu coração em aventura?


Que sentimento é este


Que me faz ver tudo com mais ternura,


Que me faz arrancar da face um sorriso,


Como por magia…


Que me traz essa sensação de paz


Que á muito em mim não via


Que me faz soltar as amarras da alma


E ao mundo querer gritar …


Com bravura?


Que sentimento é este


Que me deixa leve e feliz,


Que me faz voar em liberdade


Com as asas que sempre quis?


Que sentimento é este…


Que intenso, em meus olhos brilha,


E mesmo á frente do meu nariz


Não vê essa simples resposta, ingénua e pura?


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-Moisés Correia-





domingo, 10 de janeiro de 2010

Obrigada por seres quem és!





Tu, és aquela que me seduz…


És tu, quem em minha vida


Me derrotas como heroína,


Como por magia envolvente que se sente


E somente me fascina!



Por tantas palavras,


Te tento dizer o que sinto


Nesta verdade, em que não minto


Nesta verdade que me persegue o pensamento,


Temo que nosso relacionamento


Morra, por essas mesmas palavras não ditas


Mas que nesta forma


De me expressar ficam escritas…


Num desabafo de sentimento!



Porque protelar esse desejo para mais tarde?


Porque adiar esse sonho


Que não mais conhece critérios?


Para um futuro que talvez não venha,


Tento o inevitável


Por vezes um pouco rude,


Por vezes um pouco amável…


Nesta que é a nossa verdade…


A verdade de um coração que sente e ama,


Mas que não conhece todos os mistérios e segredos


Desta vida e alma humana!



Sinto que a nossa relação


Não é um sentimento primitivo, inútil ou tolo…


Sinto que está petrificado em um duro solo,


Que em nada desfaz o coração ter guarida


Por ter como consolo e abrigo


Essa imensa vontade da verdade


Que faz o mais querer


Que faz o mais amar e viver,


No peito que sente como gente


A dor de uma ferida!



Eu queria te dizer…


Tirar este peso de mim…


Parar o girar do mundo e gritar,


Caminhar sobre os mares…


Desabafar…


Neste tempo que vai ficando escasso


Não querendo que tudo tenha um fim,


Não querendo que tudo vá para o espaço!



Tudo o que te tenho para te dizer


Me faz a cada minuto enlouquecer…


Me faz ter neste louco amor,


Na neve, ter calor…


Num deserto, morrer de frio…


Talvez o


"Eu te amo"


Não caia no vazio...


Não sei… não posso ter certeza!


Por enquanto…


Como alento do meu sentimento,


Creio que o melhor é gritar ao vento


Que sopra crenças e fés,


Proferir com certeza profunda e vasta…


Obrigada por existires!


Obrigada por seres quem és!


Por enquanto…


Isso me chega…


Isso me basta!

.

Para todos um grande bem-haja!

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-Moisés Correia-




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Bom dia… a um anjo!




Bom dia meu anjo!


Chegará mesmo esse dia?


Vivo nessa esperança,


De acordar a teu lado


Enroscado nesse teu ser…


Nesse teu ser de mulher


Com sonhos de criança,


E te poder dizer nesse dia


- Bom dia meu anjo… bom dia!


Por enquanto,


Lá fora a chuva cai,


O vento sopra e se abstrai,


Trazendo trovões


Que relampejam saudades!


Mas o que é o amor sem saudade para sentir?


A distância…


Essa é castigo!


Na verdade, mora aqui


Na verdade vive comigo!


Sou saudade


Tu, o destino!


Juntos…


Somos esperança…


Somos força, somos amor!


Juntos…


Derrubaremos o muro,


Pararemos o mundo


Escureceremos o dia


Aclararemos o escuro!


E pacientemente…


Caminharemos lentamente


Para esse mistério


Chamado futuro.


Quando esse dia chegar…


Sim, esse dia


De te dizer bom dia!


Os meus braços


Não serão suficientes para te abraçar,


A minha voz


Terá tanto para te dizer,


Que ficarei calado!


Os meus olhos…


Esses brilharão tanto


Que vão parecer chorar.


O meu corpo


Irá todo estremecer numa aparente calma


Por estar ali


Deitado


Acordando a teu lado.


Até lá…


Até chegar a esse dia,


Iremos simplesmente


Amando-nos nesta nossa cama!


Nesta cama feita de palavras


Em lençóis de folhas brancas de pura seda


Onde nos enroscamos


E colocamos em pratica as nossas fantasias,


Adormecendo na paixão


Sonhando momentos de loucura.


E ao romper do dia,


Te vou despertando com suaves carícias


E beijando-te com voz meiga te vou dizendo;


-bom dia meu anjo…


Bom dia!



-Moisés Correia-