segunda-feira, 25 de abril de 2016

Volto do silêncio





















Volto do silêncio
Como quem volta de uma viagem
De espectáculos fatigáveis
De olhos repletos e mãos cheias de rostos.
Passeei de mão dada á tristeza que não viste!
Às noites frias do inverno
Aos sonhos malogrados
Em suspiros e desgostos.

Volto do silêncio
Com a mesma voz de outrora
Suspenso nas palavras
Bagagem por desfazer
Desequilibrando-me no pensamento
Com tudo ou nada por dizer.

Volto do silêncio
Ainda mais mudo do que a terra que me há de comer.


-Moisés Correia-