domingo, 5 de novembro de 2023
PALAVRAS
Nos palcos em branco
as palavras cantam e dançam.
Transportam expressões,
sentimentos, alegrias e mágoas.
Crescem versos que rimam
tecendo histórias
e em cada memória
um sopro de vida.
Suaves como a brisa
flutuam como folhas serenas
frases soltas, amenas,
ou duras como uma divisa.
A cada palavra um conto!...
Nas páginas,
o poder de transformar um ser.
Mundos diversos
de versos e textos,
onde tudo pode acontecer.
Falam de tudo e de amor.
As vozes do peito gritam!...
As mãos cheias de contextos
de cabeças diferentes,
homens que ditam
vidas, pessoas e gentes,
pessoas que morrem,
as palavras, ficam.
-Moisés Correia-
Bem hajam.
domingo, 22 de outubro de 2023
RECOMEÇO
A vida são dúvidas, estradas e pedras
São longos destinos por caminhar...
Errar é fácil, simples e humano
O perigo espreita-nos com o seu velho olhar.
Passo a passo, caminhos incertos
Desafios descrentes, direções distantes...
A calma esconde-se sem saber onde
A fé é arma em terras de gigantes.
Mas nem sempre o mal perdura
E em cada jornada uma lição...
Quem tenta é quem se aventura
E eu sigo tentando a intuição.
“A cada fracasso, algo ainda por aprender”
Lá diz o velho ditado do povo...
A vida é mestra, ensina-nos a viver
Dando-nos sempre a chance de começar de novo.
-Moisés Correia-
Depois de algum tempo sem escrever
Volto de novo a este lugar mágico para mim,
Onde irei recomeçar o que ficou adiado.
Grato pela vossa presença!...
Bem ajam.
segunda-feira, 25 de abril de 2016
Volto do silêncio
Volto do silêncio
Como quem volta de uma viagem
De espectáculos fatigáveis
De olhos repletos e mãos cheias de rostos.
Passeei de mão dada á tristeza que não viste!
Às noites frias do inverno
Aos sonhos malogrados
Em suspiros e desgostos.
Volto do silêncio
Com a mesma voz de outrora
Suspenso nas palavras
Bagagem por desfazer
Desequilibrando-me no pensamento
Com tudo ou nada por dizer.
Volto do silêncio
Ainda mais mudo do que a terra que me há de comer.
-Moisés Correia-
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Realidade
Na imensidão do céu
A tua luz, de mim se esconde
Procuro-te sem saber onde
Sem saber se me ouves
Quando chamo por ti.
Em mim, eu sempre te guardei
Neste peito onde trago
Poemas que escrevi em segredo,
Debaixo do céu onde habito.
Lá no alto te procuro
Na imensidão do escuro,
Arrasto os pensamentos
E viajo pelo tempo
Sonhando sem ter medo.
Na imensidão do céu
Não encontro respiração.
Procuro-te nas ruas
Entre os truques do desejo
Entre as estrelas e o mundo
Entre as palavras de um livro aberto.
Vejo apenas páginas vestidas de branco
Uma cidade sombria e nua
Um céu despido de estrelas,
Uma tremula luz de vez em quando.
Esta noite, já não há sonhos!
Nem viagens, nem miragens
Nem desejos, nem contos,
Nunca eu me senti tão longe
Nunca tu estiveste por perto
Toda a luz de mim se esconde
Na tamanha imensidão da realidade.
- Moisés Correia -
quarta-feira, 28 de março de 2012
Raio
de sol
Um
raio se sol
Invadiu
a nossa cama,
Extasiando-nos
Nos
esteios das horas...
Entre
beijos intensos
Que
tanto adoras
E
abraços imensos
De
quem muito ama.
Entrou
ligeiro, sorrateiro,
Envolvendo-nos
sem demoras
E
sorriu-nos
Num
ar eloquente da sua chama...
Incendiando
a pureza
Da
nudez que inflama
Teus
olhos vestidos
Das
lágrimas que agora choras.
Não
vês meu amor...
Que
o sol que acordou o nosso ninho
Nem
sequer reparou no vasto desalinho
Do
feliz conforto
Do
nosso leito?...
Não
sofras
Por
o sol te ter visto nua,
A
tua alma
É
tão branca como a da lua
E
só ele, depois de mim...
Possui
esse direito!
-
Moisés Correia -
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