segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Aqui estou...




Aqui estou...
Debruçado nesta extrema emoção inquieta!
Aqui me presto em ser quem sou junto da poesia.
Já me sinto ser capaz de olhar ao espelho
E dizer “sou eu!”...
Forjado na sincera ânsia dimensionada
Da louca sensatez de um poeta.
Sinto-me refém da escrita!...
Viciado nas letras que me assaltam o pensamento
Onde trafego dentro das veias,
Os venenos das paixões
No quente e rubro sangue
Que me fervilha inquietude a cada momento.
Poderei até quem sabe um dia,
Ser como um céu de Deus... Infinito!...
Ou apenas poderei ser o que mais ninguém é;
Um eco no fundo do nada, esquecido,
Ou um solitário instante na boleia do vento.
Serei apenas tudo dentro de mim
No silencio do meu grito.
Não deverei pensar somente
Que sou tudo aquilo que alguém pensa!...
(Pois talvez o seja realmente!)
Estando eu tão rodeado de mim,
Sinto as severas prisões da liberdade!
Sinto que não enxergo mais nada
Para lá das grades das almas
Que me vestem de sombras nas vagas calmas
De um azul chão, da minha encrespada missão.
Só já sinto esta obrigação de mim próprio
Que me acarreta e me cicatriza a carne
Que um dia será apenas pó.
Já não sei se sei ser mais real!
Não porque pense ser imortal, mas porque sonho!
E o que seria dos homens sem sonhos?
O que seria de uma corrida sem ter meta?
Eu ainda vivo sonhando nos devaneios da poesia...
Em poesias de várias cores e sabores
Poesias de dores (as minhas dores) ou dos amores,
Num céu repleto de ninfas e utopias de alegrias.
Poesias, tristezas, alegrias e mais poesias,
A alma do verdadeiro sonhador
Exposta em cada momento do seu imprevisto tempo.
Sei que um dia, serei apenas uma mera recordação,
Ou como um mito, uma ilusão...
Um fim de um sonho lindo,
Ou um ultimo verso de um poeta!


Paz, amor e muita saúde para todos vós amigos!
Bem-hajam!

-Moisés Correia-

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


Homem justo...

Homem justo...
É o que simplesmente cultiva.
È o que cospe o seu próprio orgulho,
No mesmo entulho que enterra ódio.
Justo, é o homem que vive sem ironia.
É o que vive pela paz
E nela ser fecundo
Sem ter hora, minuto ou dia.
É na lógica da monotonia,
Manter a postura, ter moral e ser coerente.
Homem justo...
È aquele que consegue amar um malfeitor!
É aquele que dá, sem receber amor
A sua teia de virtude, a casa onde mora!
Homem justo...
É o que constrói uma família e que por ela morre!
È o homem de humano humanismo
De cariz forte, simples e puro
Que simplesmente se ignora.
Homem justo...
É o que coloca de lado
Todo e qualquer tipo de protagonismo
E se tente na vida a salvar o mundo.
.
Desejo a todos festas felizes, repletas de amor, saúde e paz!
 .
- Moisés Correia -

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Ó minha pequena flor...



Passei por ti, e não sorriste!
Senti-te longe...
De cabisbaixo, triste,
Num tonto ar precoce de melancolia.
Sim eu sei, o céu escureceu!
Mas olha para cima e vê...
Que a sombra que escurece
O azul do firmamento,
É apenas uma nuvem
Trazida pelo vento,
E não tarda,
Sorrirá de novo a luz do dia.
                              
Ó minha pequena flor!...
Tu, que trazes contigo
Os aromas púrpuros do amor,
Tu, que cresces de alegres cores...
Não dês dissabores ao sol,
Ele que te acha a flor mais linda.
Ergue-te no teu sorriso
Que a vida, por nada se entrega,
E este negro que te cega,
Ó minha pequena flor...
É apenas uma sombra
Não é noite ainda!

.
.
- Moisés Correia -



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Serenata...







Toco para ti, um soneto de cor de prata

Á luz da Lua cheia e sensual...

Um solo de piano em serenata

Em suaves tons, de amor universal



Fonte de alento, mulher, doce cascata

Chuva de luz, que cai em seu caudal...

Salpicos de sorrisos, raios de prata

Que brilham como as estrelas, no meu astral



Solitária e bela, a Lua, de ciúmes canta

E também todo o meu universo se encanta

Com o seu dourado e sensual clarão...



Agora... Entre ti e a lua, me torturo

Amando de igual modo as duas, eu juro!

Ao som da serenata, do meu lúdico coração!

- Moisés Correia -


sábado, 24 de setembro de 2011

Se Deus me desse...





Se Deus me desse somente
Dois desejos na vida para escolher...
Não iria pensar duas vezes
Não iria me importar com o segundo
Desde que o primeiro
Fosse ficar contigo para sempre.
Apenas um momento
É muito pouco, do tudo que se pode ter
Quando tu...
Tu és tudo em um só momento.
Nesta vida que nos une
Não quero ficar impune
De um inicio sem fim
Nem num fim de um começo...
O destino quis assim
O destino nos uniu
Num tempo, com sentimento
Um lugar onde o tempo ficou marcado
Onde o amor jamais será vencido
Esquecido...
Por um tímido sentimento calado.
Por isso, hoje te digo;
-Amo-te loucamente!
E apenas estou descrevendo
A superficialidade de tudo o que sinto.

- Moisés Correia -

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Na proa de um navio!




Sonhei!


Sonhei de forma intensa!


Daqueles sonhos que calam as palavras


O sonho da verdade


E que faz arrepiar a alma!


Pus o sonho na proa de um navio


Que por ali passava


E o navio se afastava... se afastava


Por cima das profundas águas do mar


Parecendo ir ao acaso


Sem norte em chão raso.


Com as minhas mãos trémulas


Fui abrindo no meu imaginário


Esse mar imenso


Com paz, serenidade e calma


Para que o sonho pudesse navegar.


Ainda sinto as mãos molhadas


Das pequenas ondas coloridas


E das correntes entrelaçadas


Que iam levando para lá do horizonte


O sonho, para um lugar incerto.


Num corpo totalmente gelado


Abraçado por um mar salgado


Vai agora morrendo esse sonho


Nos corais de um mar deserto.


De olhos secos como as pedras


De boca cega de água doce


E de coração curvado de frio


Vai flutuando o meu sonho num mar de feras


Perdido e vazio...


Na proa de um navio!


.


- Moisés Correia -

domingo, 26 de junho de 2011

Pensamento




Não á nada mais leve...



Mais ainda do que uma
pena



Que corra tão
velozmente



E galgue constantemente



As altas barreiras



Que se erguem á nossa
frente



Do que o teu...



O meu...



O nosso pensamento!





Não á nada que seja mais
leve



Que nos faça sonhar e
vencer



Avançar ou recuar na
idade



Alcançar o que
ninguém pode



Ou atrasar o
inadiável.





Só tu tens esse poder



Só tu voas para lá do
tempo



Só tu... meu
pensamento



És mais livre do que qualquer
vontade



És mais livre do que o
próprio vento!





- Moisés Correia -



segunda-feira, 18 de abril de 2011

A dança...





A dança é uma tela de quadro por pintar


Com traços de silêncios e cores


Planando nas asas de uma gaivota


Que se liberta no silencio do céu.


A dança é o balanço de uma caravela


Que navega em longínquos oceanos


Encalhados nas profundezas da alma


Que se deixa arrastar


Pelos toques desenfreados das correntes


Galopando como um cavalo selvagem


Nos tímidos prados das nossas veias.


.



- Moisés Correia -


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Entre - Mundos


Entre os Mundos


Que nos separam


E ao longo do percurso


Pelo qual caminho


Vou levando pela mão


Dos meus pensamentos


Uma flor


A flor que aponta


Na ponta de cada dedo


O destino


A outra metade do Mundo que persigo


A outra metade, teu Mundo


Que distante...


Caminha comigo.


.


.


- Moisés Correia -