Nos desplantes das eras...
Nos
desplantes das eras,
Terras
de deus
São
fecundos e inconstantes os meus dias...
Pelos
mundos de cansaços
Aos
meus olhos já ateus
Por
sempre recordar os teus,
Estadeados
em alegrias.
Porque
me dás tu meu Deus,
Tantas
nostalgias?
Tantos
dias complexos
De
múrmuros meus...
Por
esse amor que já partiu
Cheio
de taras e manias
Repletos
de covardias,
E
sem dizer um único adeus?
Ó
meu Deus!...
Não
causes aos meus tempos mais saudade!
Traz-me
os ventos por inteiro,
Sementes
e amor de verdade
E
leva-me pelas mãos da morte
Toda
a sorte de agonias...
Faz
os ventos levantar as pedras,
Os
gestos e as palavras sem destino.
Faz
os ventos levantar das noites
Todas
as sombras do meu caminho,
E
traz-me somente á mente...
Uma
terra de luz, á inocência dos meus dias.
-
Moisés Correia-