quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O pequeno barco


A gaivota balançava suas asas
na imensidade do mar,
e num salpicar de gotas salgadas
borrifava o horizonte
para o barco poder passar.
Tarde calma e mar sereno
com leve brisa a soprar
E o pequeno barco por ali chegava
com o seu lindo flutuar.
Era só um pequeno barco
de madeira entalhada pelos anos,
que por incertos mares ia navegando
com destino certo a alcançar.
Barco pequeno e sem remos
sem bússola para se orientar,
olhava á noite as estrelas
e perdido no luar continuava a sonhar…
Lá ia flutuando num oceano de incerteza,
com sua popa virada a norte
mostrando ser forte navegava com leveza.
Sua proa arrastava a fé de não mais atracar,
tomando rumo de se deixar levar pela maré
para poder um dia suavemente fundear
e finalmente admirar a imensidão do mar.
Era só um pequeno barco
que desamarrou suas cordas
deixando em seu porto de abrigo o castigo
de ser navegado, sem ter a ilusão
de ser um barco livre.
Barco pequeno no tamanho
mas enorme no sonhar
lá ia navegando e eternamente procurando
O melhor pôr-do-sol…
E seu sonho encontrar.
-Manzas-

1 comentário:

  1. ... Fiz uma viagem ao ler suas palavras.
    Senti meu coração sendo esse barco
    ...enorme no sonhar!

    Lindas palavras, parabéns Poeta!

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